quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Entregar a noite...

Em exame de consciência, revejo o meu dia, à luz do Teu amor imenso. Onde encontrei os espinhos das minhas culpas, Tu fizeste-os desabrochar em bem-me-queres de paz. Quando entortei as linhas dos meus deveres, Tu escreveste direito:«Quero-te todo o bem à pupila dos meus olhos». Agora vou descansar e sinto que reclinarei a minha cabeça num travesseiro de magnífica ternura, que é o teu próprio coração.
 
Mil vezes obrigado!



Manuel Marujão, s.j.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode perdurar

Evangelho segundo S. Marcos 3,22-30 
Naquele tempo, os doutores da Lei, que tinham descido de Jerusalém, afirmavam: «Ele tem Belzebu!» E ainda: «É pelo chefe dos demónios que expulsa os demónios.»
Então, Jesus chamou-os e disse-lhes em parábolas: «Como pode Satanás expulsar Satanás?
Se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode perdurar;
e se uma família se dividir contra si mesma, essa família não pode subsistir.

Se, portanto, Satanás se levanta contra si próprio, está dividido e não poderá subsistir; é o seu fim.
Ninguém consegue entrar em casa de um homem forte e roubar-lhe os bens sem primeiro o amarrar; só depois poderá saquear-lhe a casa.
Em verdade vos digo: todos os pecados e todas as blasfémias que proferirem os filhos dos homens, tudo lhes será perdoado;
mas, quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca mais terá perdão: é réu de pecado eterno.»
Disse-lhes isto porque eles afirmavam: «Tem um espírito maligno.»


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

COMUNICADO: Curso Nacional de Animadores 2012


A ACR realizou o Curso Nacional de Animadores na Casa Diocesana de N. Sr.ª do Socorro, em Albergaria-à-Velha, nos dias 7 e 8 de Janeiro de 2012 com o tema: Economia de Todos e para Todos.
Participaram cerca de 70 Militantes e Simpatizantes, das várias dioceses onde o movimento está implantado, sendo este momento um importante apoio ao trabalho dos animadores e futuros animadores das equipas e grupos de acção.

O Seminário iniciou com um momento de oração, centrado naquela que é a missão desta actividade, formar os animadores de grupos. O animador é testemunha, «é alguém que vive, primeiro, o caminho que propõe». É essencial que cada um saiba o que tem para dar e para receber; é preciso haver disponibilidade para caminhar.

Os trabalhos foram orientados pelo Doutor Rogério Roque Amaro, Professor Associado do Departamento de Economia do ISCTE (Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, do Instituto Universitário de Lisboa), doutorado em “Análise e Planificação do Desenvolvimento”. As suas linhas de investigação e de ensino assentam em: Economia do Desenvolvimento, Desenvolvimento Local, Economia do Território, Economia do Ambiente e Economia Social e Solidária. Perante as realidades actuais, falou das várias formas de economia, dando particular destaque à Economia Solidária.

A Economia Solidária visa o bem comum, orientando-se pelo princípio eclesial: «viviam unidos e colocavam tudo em comum» (Act 2, 44). As principais características desta economia são: uma solidariedade sistémica (social, cultura, ambiental) e uma economia democrática e de qualidade. Na sociedade actual, tendo a crise como pano de fundo, as pessoas estão desprotegidas e inseguras, jovens e adultos têm dificuldade em encontrar emprego. Perante este panorama, todos precisam dar e receber ajuda, e a Economia Solidária assume particular relevância.

O mais importante num país deve ser a Economia Solidária, pois vai muito para além do problema económico, vai em busca da importância da pessoa. Não é por a solidariedade ser realizada de forma voluntária que tem ou pode ter menor qualidade. Para além de defender que a Economia Solidária deve ter qualidade, Roque Amaro acredita que «a economia solidária é a economia do futuro.»

A terminar o Curso, sob o tema Acolher o Outro, orientado por Gastão Veloso, os participantes reflectiram sobre como criar novos caminhos, de modo a formar uma sociedade mais justa e solidária. Existem três tipos de dar: “dar para receber” (Mercado), “dar por dever” (Estado) e “dar-se” (dádiva, Amor). O valor da dádiva só existe se houver relação com o outro.

Neste momento de grandes desafios e oportunidades, a ACR manifesta a sua preocupação com o bem comum, querendo estar ainda mais próxima daqueles que necessitam. A ACR assume a sua missão interventiva no meio, sendo este Curso um verdadeiro «ginásio de santidade», contribuindo para a formação daqueles que comunicam a mensagem de Cristo que a ACR transporta aos seus grupos, que se encontram em formação e em crescimento.

Estar «atento e vigilante» resume aquilo que é o Método de Revisão de Vida (VER-JULGAR-AGIR). Entrar em acção é continuar a contribuir para este Crescer e Recriar o Futuro na Esperança.


Albergaria-à-Velha, 8 de Janeiro de 2012
A Direcção Nacional